Teatro Leopoldo Froés traz a 8ª edição do Festival Expressões Sonoras
- Mauro Scarpinatti
- há 3 dias
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Atualizado: há 1 hora
O festival terá uma programação diversificada e ocorrerá nas noites de terça e quarta-feira

Da redação 11/12/2025
O Teatro Leopoldo Froés, no Centro Cultural Santo Amaro recebe nos próximas terça e quarta-feira (16 e 17) a 8ª edição do Festival Expressões Sonoras que acontece com artistas de diversos segmentos (veja a programação abaixo) e entrada gratuita.
O Festival teve início em 2015 e é uma iniciativa da Espaço de Formação Assessoria e Documentação, ONG que tem sede na Cidade Dutra e atua há 36 anos nas áreas de educação, cultura e defesa do meio ambiente e promove anualmente o Abraço Guarapiranga e o Sarau das Águas que era mensal mas está sendo reestruturado para ter edições trimestrais.
O Expressões Sonoras, nasceu em 2015, como Expressões Sonoras da Zona Sul, a partir da 6ª edição, em 2023, os organizadores preferiram simplificar o nome e ampliar o alcance, como explica Mauro Scarpinatti, que divide a produção do festival com Márcio Balthazar e Dalva Luísa da Silva: “ Desde de a primeira edição reunimos artistas de diferentes vertentes musicais, como a tradicional MPB, o Rock, o Forró, o Samba, o Blues, a Música Sertaneja de raiz, o Funk, enfim procuramos juntar músicos de diferentes vertentes e estilos musicais compondo um bonito e diversificado mosaico que caracteriza a abundante produção musical da Zona Sul. Porém, depois de 5 edições avaliamos que Expressões Sonoras (sem Zona Sul) reflete melhor o espírito do Festival, e a grande mistura de ritmos, que tão bem, caracterizam a Zona Sul e a nossa cidade de São Paulo”. O evento conta com o apoio da Secretaria de Cultura do Município de São Paulo (SMC), por meio de emenda apresentada pelo vereador Jair Tatto.
Veja as atrações:
Maracatu Ilê Aláfia, é um coletivo cultural fundado em 1999 no bairro do Jabaquara, zona sul da cidade de São Paulo, a partir de ações desenvolvidas no Centro de Desenvolvimento Comunitário Leide das Neves, vinculado à ACM-SP.
O grupo surgiu da vontade de pesquisar e vivenciar o Maracatu de Baque Virado como forma de fortalecer a identidade cultural afro-brasileira junto às crianças e adolescentes da periferia sul paulistana.
Inicialmente formado por jovens entre 7 e 17 anos, o grupo rapidamente se expandiu e passou a realizar formações abertas à comunidade, consolidando-se como uma referência em cultura popular e resistência negra.
Grupo Fé, histórico conjunto musical formado no Grajaú no final da década de 1970, tem sua origem e formação a partir do encontro de quatro operários na Igreja Nossa Senhora Aparecida, no Grajaú. Carlos Antonio Novais, Benedito Rosa, Tarciso Rosa e Antônio Braga, recém chegado de Feira de Santana, BA, iniciaram as primeiras composições com temática que refletia o ambiente das periferias urbanas daqueles tempos (final dos anos 1970) e traduzia a luta dos trabalhadores contra a carestia, por salários e pelas eleições diretas quanto o distante sertão, presente na memória e coração de todos. Após mais de 4 décadas o Grupo Fé segue ativo e tem entre os seus membros Antônio Braga, vocais, Nilson Costa, bateria, Carlos Novais, vocais e percussão, Décio Sá, vocais, percussão e contrabaixo Luiz Rosa, viola caipira, contrabaixo, bandolim e violão de 7 cordas,
Zé Marcio o Kaipira Urbano, fundado e dirigido por Zé Márcio, o Grupo apresenta suas músicas num formato contemporâneo, instrumental, em diversos ritmos e estilos musicais. Com o auxílio de elementos eletrônicos o grupo traz ao público arranjos a que buscam contribuir com a valorização e visibilidade das tradições populares como as rodas de violas, batuques dos terreiros, folias de reis e outras tantas manifestações populares. Integrantes: Zé Marcio, vocais e viola caipira, Ricardo Penha, contrabaixo, Marcos Ferr, bateria, Sisa Medeiros, percussão, Alysson Bruno, percussão, coreografia com Well Blak e Fernando Silva.
Adriana Farias, cantora, violonista e violeira. Ficou bastante conhecida por apresentar durante um período o programa Viola, Minha Viola na TV Cultura. Mas Adriana começou muito cedo, aos 9 anos já tocava viola caipira e violão, e aos 11 anos gravou um compacto sob o pseudônimo Hanayana, Aos 19 anos a cantora passou a atuar como backing-vocal, tendo gravado com artistas como Fábio Júnior, Vavá, Wanessa Camargo, Leandro e Leonardo, Raimundos, e outros. Durante cinco anos atuou na banda de Leandro e Leonardo e Leonardo. Entre 1998 e 2015, integrou a banda de country music Barra da Saia. Em suas apresentações Adriana costuma interpretar músicas conhecidas do público e que são ícones da música de viola.
Grupo Chora Menino, mantém viva a tradição do samba paulistano Com mais de uma década de trajetória, o Grupo Chora Menino vem se consolidando como um dos nomes mais representativos do samba em São Paulo. Formado por músicos apaixonados pelo gênero, o grupo resgata clássicos e também apresenta composições autorais que dialogam com a raiz e a contemporaneidade do samba. No repertório, o Chora Menino passeia por obras de mestres como Cartola, Paulinho da Viola e Nelson Cavaquinho, sem deixar de valorizar o samba de terreiro e as rodas que fazem parte da cultura popular.
A proposta é sempre proporcionar ao público uma experiência autêntica, marcada pela cadência, emoção e pela energia que só o samba pode transmitir. “Nosso objetivo é manter viva a tradição do samba e, ao mesmo tempo, mostrar que ele continua atual e necessário. O samba é resistência, é encontro e é alegria”, destaca o grupo. Reconhecido em diversos espaços culturais, rodas de samba e casas tradicionais da cidade, o Grupo Chora Menino já dividiu palco com importantes nomes da cena e conquistou um público fiel que acompanha suas apresentações.
Grupo Afro É Di Santo, fundado em 2010, em Piraporinha, na Zona Sul de São Paulo, o bloco afro É Di Santo, é conhecido por atrair todos os anos uma pequena multidão de pessoas que gostam da folia do carnaval. Quando começou era um projeto de música e acabou se estabelecendo e fixando como um dos muitos blocos de rua que fazem o carnaval de São Paulo crescer a cada ano.
Rabi Batukeiro, fundador do Bloco tem origem na Capoeira, e conta que teve a ideia de juntar os toques de orixás e as pesquisas que já vinha fazendo de percussão e de manifestações de rua. Convidou então alguns percussionistas e aí começou a fazer composições com a vertente de música de orixá com um toque mais moderno.
O É Di Santo fará a abertura da segunda e última noite do Expressões Sonoras
Betto Ponciano, com 25 anos de estrada, o violeiro, compositor e instrumentista Betto Ponciano traz a herança cultural das Serras Fluminenses, do Vale do Paraíba, das Alterosas das Minas Gerais e adiciona características da Folk Music, construindo uma sonoridade própria permeada de versos que tratam a relação do homem com a natureza.
As composições de Betto Ponciano foram muito apreciadas nas suas andanças por países da Europa como Itália, Inglaterra, Rússia e também no Uruguai, onde visitou rádios e centros culturais.
O show com raiz ao contemporânea e convida o público a uma viagem musical cheia de memórias, técnica e emoção.
Duas Beiras, das barrancas do Velho Chico às margens do Rio Pinheiros. Cantoria que desagua canções e histórias que procuram estabelecer conexões entre as águas de rios emblemáticos e muito distintos o Pinheiros e o São Francisco.
Integrantes: Anabel Andrés: Performer, musicista e compositora paulistana, fundadora, co-produtora e integrante do grupo musical Vozes Bugras com dois álbuns e um single/clipe lançados. Lançou em 2020 seu álbum solo “Além da expansão dos desertos”, e videoclipes das faixas. Integrante do Dandô Circuito de Música Dércio Marques, concebido pela cantora Katya Teixeira, integra a Orquestra do Corpo, de música corporal criada por Fernando Barba.
Priscila Magella: Cantora e compositora Priscila Magella, nascida às margens do Rio São Francisco, as barrancas do Velho Chico, compõe suas letras influenciada fortemente pela sua cultura regional. Menina barranqueira de voz forte como um rio, e doce como as águas das nascentes, denuncia através de composições autorais as agruras que o rio sofre, incorporando novos sotaques, e convencendo de que precisamos cuidar inclusive dos rios que existem dentro de nós.
Rota Mineira, a essência do Clube da Esquina. A banda Rota Mineira nasceu para celebrar, difundir e fomentar a obra criativa e inovadora do Clube da Esquina. Com a paixão pelas harmonias originais e alta qualidade técnica em seu DNA, o grupo entrega um show emocionante e fluido, interpretando o vasto repertório mineiro.
Desde sua estreia em 2019 na Toca Rock & Blues, a Rota Mineira consolidou rapidamente sua trajetória, apresentando-se em diversos Centros Culturais e Teatros, incluindo o CC Vila Itororó, o CC de Santo Amaro e o CC Jardim Sul Experience. A banda também participou de eventos como o projeto Saruê Espalharte e o OffCarMoto Show, no Autódromo de Interlagos.
A Rota Mineira possui identidade própria, mas preserva a base dos arranjos originais das canções. A proposta não é ser um cover idêntico, mas sim adaptar o repertório (que abrange de 1960 a 1990) para uma execução integrada e autêntica.
A missão do grupo, segundo seus integrantes, é dupla: remeter os fãs a uma época única, interpretando canções incríveis e despertando a memória afetiva dos "bons tempos". E para os novos ouvintes, levar o inestimável legado do Clube da Esquina pela primeira vez a novas gerações, oferecendo a oportunidade de descobrirem essa obra.
Brasativa, trio paulistano que vem conquistando o público com seu Reggae vibrante e contagiante. Formado por Bruno Dupre (voz, guitarra e produção), Rafael da Costa (Contrabaixo) e Felipe da Costa (bateria), o grupo traz uma sonoridade única que combina a tradição do Reggae com elementos do Pop, Rock e do Rap.
O Brasativa está na estrada há mais de 10 anos e já se apresentou em palcos importantes, como o Rock in Rio, Planeta Atlântida, Festival de Verão de Salvador, Montreal Jazz Festival e Quebec Summer Festival no Canadá. O grupo também acumula participações em programas de TV como o "Altas Horas" e "Manhã da Globo".
Em 2023, lançou o primeiro single do segundo EP, que conta com seis faixas inéditas que exploram diferentes vertentes do Reggae. O EP foi produzido por Bruno Dupre e recebeu ótimas críticas da mídia especializada.
A música da Brasativa é marcada por melodias contagiantes, que convidam o público a cantar junto e celebrar a vida. O grupo se destaca pela energia contagiante de seus shows, que são verdadeiras explosões de alegria.
Programação completa
Dia 16 terça-feira 18h
Maracatu Ilê Aláfia; Grupo Fé;
Zé Márcio Kaipira Urbano;
Adriana Farias;
Grupo Chora Menino.
Dia 17 quarta-feira 18h
Grupo Afro É Di Santo;
Betto Ponciano;
Duas Beiras;Rota Mineira.
Brasativa.
Loca: Teatro Leopoldo Froés, Centro Cultural Santo Amaro
Av João Dias, 822 (Biblioteca Kennedy) Entrada gratuita



























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